O PALHAÇO ASSASSINO - John Wayne Gacy



John Wayne Gacy nasceu em 1942 em Chicago, único filho entre duas irmãs. O pai alcoólatra moldaria seu caráter. Na vida adulta, assumiria várias características dele, tornando-os cada vez mais parecidos.
John Wayne Gacy, o pai, era guiado pelo medo de não ser bom o bastante (deficiência de percepção), sempre achava que os outros eram melhores que ele e o ultrapassavam na carreira profissional. Tinha um profundo desprezo por homossexuais e políticos. Para corrigir sua deficiência de percepção, o pai tinha de ser melhor que todos à sua volta, especialmente melhor que o seu filho.
Para justificar os abusos que Gacy, o pai, cometia contra o filho, sua mãe explicava a ele que o pai tinha um tumor crescendo no cérebro e que, quando se descontrolava, não devia ser enfrentado. Se ficasse muito nervoso, o tumor poderia se romper e causar-lhe a morte. Todas as refeições na casa da família Gacy eram regadas a briga. Após este “delicioso” encontro, o pai descia para o porão, onde se embebedava.
Muito cedo, acusou o filho de ser homossexual e o ridicularizava e diminuía por isso. Gacy filho era punido por qualquer coisa que o pai considerasse um erro. Nada do que fazia parecia suficiente para agradá-lo. Sua relação com a mãe e as irmãs, por outro lado, era bastante forte. A mãe também apanhava do marido, e dividia com o filho as dores e humilhações causadas pelas surras.
Apesar de ter como pai uma pessoa tão desagradável, o filho o amava profundamente e desejava conseguir sua aprovação e devoção a qualquer preço. Jamais conseguiu ter intimidade ou proximidade com ele, problema que o perseguiria por toda a vida e causaria as insônias incuráveis de que sofria.
Este assassino também tinha problemas físicos: aos 11 anos, em conseqüência de uma batida de um balanço na cabeça, originou-se um coágulo que só seria descoberto cinco anos depois. Aos 16 anos, depois de vários desmaios e hospitalizações do que pareciam ser ataques epilépticos, o coágulo foi descoberto e tratado com medicamentos. Jamais os médicos conseguiram convencer o pai de Gacy de que ele desmaiava de verdade, e não apenas fingia para chamar a atenção dos adultos.
Aos 17 anos foi diagnosticado portador de uma desconhecida doença cardíaca, o que causaria várias internações de Gacy durante sua vida, mas as dores que sentia jamais foram explicadas. Nunca sofreu um ataque cardíaco.

Na escola, mantinha relacionamento normal com os amigos, e seus professores gostavam bastante dele. Deixou os estudos depois do ensino médio e viajou para Las Vegas, onde peregrinou por diversos empregos, inclusive de zelador de funerária.
Casou-se em 1964 e teve dois filhos. Entre 1965 e 1967, John W. Gacy era um modelo de cidadão, ao mesmo tempo que colecionava jovens vítimas que adorava punir. Sua esposa e amigos estavam absolutamente despreparados para a prisão de John, em maio de 1968, sob a acusação de coação de um jovem a atos homossexuais espalhando-se por um período de meses. Aquelas acusações ainda estavam pendentes quando Gacy contratou um assassino adolescente para espancar a testemunha do promotor, e mais acusações foram registradas. Conseguindo uma negociação, Gacy confessou-se culpado de sodomia e outras acusações foram desconsideradas. Sentenciado a dez anos na prisão, ele provou ser um prisioneiro modelo e foi liberado em 18 meses.
Divorciado enquanto estava na prisão, tornou a se casar em 1972 e passou a viver em uma vizinhança de classe média do subúrbio de Dês Plaines, onde era popular com seus vizinhos e oferecia festas temáticas elaboradas para os feriados. Por outro lado ele foi ativo como Pogo, o Palhaço, representando com maquiagem completa em festas de crianças e eventos caritativos. Mas apesar da vida social intensa, problemas de interesse sexual pela esposa causaram mais um divórcio em 1976. Sua vida política ia de vento em popa, mas novas acusações por molestar um menor acabaram com seus sonhos de ascensão no Partido Democrata Americano.







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